respigos da mailing-list a propósito do tema 'culturas populares e indústrias criativas'
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Num registo um pouco diferente julgo que vale a pena conhecer o trabalho de uma designer portuguesa que tem trabalhado de forma particularmente interessante o artesanato. O seu nome é Joana Vasconcelos (http://www.joanavasconcelos.com/). >
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O projecto das Aldeias do Xisto
http://www.aldeiasdoxisto.pt/ tem uma componente interessante de reabilitação de actividades artesanais e cruzamento com novas práticas, nomeadamente através do envolvimento de estudantes e designers e no cruzamento com a criação artística contemporânea, articulada com a acção d'A Moagem, Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão
http://www.amoagem.com.pt/ .
Trabalhos como este, que se definem a uma escala inter-municipal e assumem o desafio de combater a desertificação do interior do país, procurando formas de rentabilizar e adicionar valor a actividades locais— da tecelagem à apicultura, passando pelas técnicas de construção tradicionais— que, em alguns casos, estavam a cair em desuso, são muito importantes.
Especialmente por promoverem novos modelos de participação das comunidades.
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Outro exemplo, que conheço pior, neste aspecto concreto, encontra-se em Guimarães, onde A Oficina
http://www.aoficina.pt , cooperativa responsável pela gestão do Centro Cultural Vila Flor e, em grande parte, executora das políticas públicas de cultura, a nível local, se afirma também como centro de artes e mesteres tradicionais, sendo responsável pela certificação dos Bordados de Guimarães e promovendo actividades artesanais permanentes, por exemplo.
Projectos deste tipo, que promovem a "cultura popular" e actividades artesanais no seu contexto, acrescentando-lhes valor e contribuindo simultaneamente para a afirmação da identidade e para a coesão social e económica e para uma maior sustentabilidade dos "locais", parecem-me mais pertinentes e com maior impacto do que as diversas abordagens aos "artesanatos urbanos", que terão também o seu interesse e importância.
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Reframing tradition is an important theme, vital to establishing competitive edge and of course is heavily linked to creative tourism. This project from NYC which I was introduced to by EGP in Porto is interesting as it combines notions of social enterprise with new forms of artisanal creativity. The founder is of Portuguese descent.
www.ecostasy.com.
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Vida Portuguesa
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Em países africanos (Moçambique, por ex.) encontram-se a emergir iniciativas associadas às indústrias culturais e criativas e culturas populares. Aliás, os relatórios da UNCTAD de 2008 e 2010 (Creative Economy Report), que integram uma forte perspectiva ligada aos países em desenvolvimento, incluem as expressões culturais tradicionais no conceito e subsectores das indústrias culturais e criativas: http://www.unctad.org/Templates/WebFlyer.asp?intItemID=5763&lang=1. >
Outras sugestões?